26/06/08

Alexandre O´Neill

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado,
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

2 comentários:

Anónimo disse...

Oi Chico, tudo bem? Resolveste refrescar a imagem...fazes bem com este calor...
Relativamente ao poema: que posso eu dizer? Que simplesmente adoro. É dos poemas que eu mais gosto. Parabéns pela escolha. Beijinho

Anónimo disse...

Vá esqueci-me de assinar. paula