UMA MEMÓRIA FRAGMENTADA RECORDA POUCO MAIS DO QUE O NADA!
05/09/08
"Porque foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, Penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem."
Não cheguei a ler esse livro. Este excerto retirei-o de um texto que fazia referências ao filme que foi baseado no livro. Já tentei ler Saramago no passado mas não conseguia avançar. Pode ser que um dia destes, com bastante mais paciência, pegue no autor e todo um novo mundo nobélico se desvende à minha frente...lol
Eu adoro, devoro Saramago! Perco-me levianamente na trama verbal carregada de ironia, jogos de semântica e mergulhados, sempre, numa mensagem profunda que é a da própria existência humana. Fico assim sem receios em falar de tal autor que aborda sempre a mesma problemática, mas mendiante os mais variados e surpreendentes pontos de vista. E é sob diferentes ângulos que percorro os labirintos das suas obras tal como uma Ariadne que com o fio dado pelo fruir da leitura se encontra de Teseu e o salva, salvando-se ambos de forma colectiva, porque a liberdade, a auto-revelação está na partilha, no colectivo e no Eros. Mais não digo, embora me apeteça prolongar esta minha paixão saramaguiana, mas se continuasse, estaria a ser redundante e pouco diria, aliás, como podes contastar.
3 comentários:
Conseguiste le-lo até ao fim? Reparaste que só uma mulher é que nao fica cega?
Não cheguei a ler esse livro. Este excerto retirei-o de um texto que fazia referências ao filme que foi baseado no livro. Já tentei ler Saramago no passado mas não conseguia avançar. Pode ser que um dia destes, com bastante mais paciência, pegue no autor e todo um novo mundo nobélico se desvende à minha frente...lol
Eu adoro, devoro Saramago! Perco-me levianamente na trama verbal carregada de ironia, jogos de semântica e mergulhados, sempre, numa mensagem profunda que é a da própria existência humana. Fico assim sem receios em falar de tal autor que aborda sempre a mesma problemática, mas mendiante os mais variados e surpreendentes pontos de vista. E é sob diferentes ângulos que percorro os labirintos das suas obras tal como uma Ariadne que com o fio dado pelo fruir da leitura se encontra de Teseu e o salva, salvando-se ambos de forma colectiva, porque a liberdade, a auto-revelação está na partilha, no colectivo e no Eros.
Mais não digo, embora me apeteça prolongar esta minha paixão saramaguiana, mas se continuasse, estaria a ser redundante e pouco diria, aliás, como podes contastar.
Enviar um comentário